COVID-19 obrigou portugueses a repensar gastos financeiros

Estudo da Intrum revela que consumidores compram o essencial e reduzem férias

  • Inquiridos revelam que a pandemia poderá ter tido um impacto positivo nos seus gastos;

A Intrum divulgou uma edição especial do EPCR 2020 – European Consumer Payment Report, o White Paper COVID-19, que revela o impacto financeiro da pandemia COVID-19 nos consumidores e nas suas finanças pessoais.

O Estudo, que abrange 24 países europeus, incluindo Portugal, afirma que a pandemia COVID-19, apesar de preocupar as famílias europeias, revela que para 36% dos inquiridos a mesma tem tido um impacto positivo no que diz respeito aos gastos financeiros.

A pandemia levou ao encerramento de vários mercados e indústrias, como centros comerciais, lojas e restaurantes. Com o medo de contágio e de frequentar espaços fechados, os inquiridos afirmam ter reduzido os seus gastos “não essenciais”, nomeadamente, em compras na área do turismo (viagens e férias), roupas e alimentação.

Com os consumidores a focarem os seus gastos em “bens de primeira necessidade”, levou a que os inquiridos considerassem que a COVID-19 tenha também um lado positivo – passaram a gastar menos dinheiro em bens não essenciais.

O top dos países que consideram gastar menos devido à COVID-19, é liderado pela Estónia (65%), e logo a seguir pela França (47%).

Portugal encontra-se em 8.º lugar com uma percentagem de 38%. Os países que menos concordam com esta afirmação são a Áustria, Alemanha, Dinamarca (23%) e a Hungria (21%). A média europeia situa-se nos 36%.

No que diz respeito a faixas etárias, os jovens dos 18 aos 21 anos (40%) foi quem gastou menos dinheiro devido à pandemia. Percentagem esta muito semelhante à faixa etária dos 22 aos 37 anos (39%).

As conclusões do ECPR vão ao encontro do estudo realizado pela DECO no final do mês de julho que revela que mais de três quartos dos 1.006 inquiridos online, entre os 18 e 74 anos, declaram que evitaram ou deixaram mesmo de frequentar os espaços públicos, como restaurantes, transportes públicos ou centros comerciais, enquanto mais de metade cancelou ou adiou as férias e perto de metade adiou projetos inicialmente agendados para este ano, como, por exemplo, comprar casa ou um carro novo.

Apesar de uma percentagem dos inquiridos ter conseguido ter menos gastos, a verdade é que ainda assim, 39% dos europeus afirma que poupou significativamente menos dinheiro para o futuro do que antes da pandemia. Em Portugal, quase metade (48%) diz estar a poupar menos.

Para conhecer melhor o estudo obtenha aqui uma cópia.