Dia da Europa
Recessão económica preocupa empresas portuguesas
Economia mundial enfrenta crise devido à pandemia de COVID-19
A Comissão Europeia previu recentemente para Portugal uma recessão económica de 6,8% assim como uma taxa de desemprego situada nos 9,7% em 2020. Tudo isto devido ao impacto da pandemia de COVID-19 na economia mundial.
Com o dia da Europa a comemorar-se amanhã dia 9 de maio, a economia europeia apresenta-se frágil e muitos países acreditam que uma recessão económica será mais pesada em alguns Estados. Uma conclusão que vai ao encontro do Relatório Europeu de Pagamentos (EPR 2019), relatório anual da Intrum, sobre comportamento de pagamentos das empresas.
Em 2019, a maioria das empresas inquiridas em Portugal (71%) previa já uma recessão num futuro próximo, nomeadamente, entre 1 a 5 anos. Percentagem significativamente superior à média europeia, que se situava nos 35%.
Com a situação que estamos a viver atualmente, a previsão torna-se mais clara e também mais preocupante. No que diz respeito ao défice das contas públicas em Portugal, a previsão da Comissão Europeia prevê que atinja os 6,5% do PIB em 2020, com a dívida pública a atingir os 131,6 % do PIB, devido ao impacto da pandemia.
Os portugueses inquiridos no estudo da Intrum revelam que, de forma a enfrentar e superar a crise que se avizinha, é necessário que os gestores das empresas tomem precauções e coloquem em prática algumas medidas, nomeadamente:
- Serem mais cautelosas na contração de responsabilidades (56%);
- Planeamento para garantir os pagamentos dos clientes (52%);
- Cortar nos custos (52%);
Luis Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, sublinha que “ninguém previa que isto pudesse acontecer - Portugal está a ser atingido por uma crise num momento em que se encontrava em recuperação económica. É necessário mitigar os efeitos desta recessão causada pelo impacto da pandemia COVID-19, assim como assegurar o crescimento da economia portuguesa o mais rapidamente possível. É também necessário tomar as medidas necessárias para apoiar os setores mais atingidos pelo impacto da pandemia, como é o caso do Turismo. Num momento em que vivemos uma situação tão difícil, é fundamental as empresas assumirem uma postura muito prudente no que diz respeito às dívidas e à sua capacidade futura para o seu cumprimento”.
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