Empresas europeias lutam pela sobrevivência
Estudo da Intrum revela aumento na adoção da Diretiva dos Atrasos de Pagamento da União Europeia
- Quase metade dos inquiridos do estudo da Intrum (47%) gostaria de ver iniciativas voluntárias de empresas para enfrentar o problema dos atrasos de pagamento - um aumento de 15% em relação ao período homólogo;
No dia em que celebra o Dia da Europa, o estudo da Intrum, EPR - European Payment Report, especial COVID-19, que tem como objetivo analisar o impacto da pandemia COVID-19 nos pagamentos das empresas europeias, revela que, apesar dos desafios enfrentados, as empresas tentam navegar na tempestade, procurando iniciativas para evitar atrasos de pagamentos, tanto a nível nacional como europeu.
De acordo com o EPR que analisa 9.980 empresas em 29 países europeus, quase metade dos entrevistados (47%) gostaria de ver iniciativas voluntárias de empresas para enfrentar o problema dos atrasos de pagamento - um aumento de 15% em relação ao período homólogo. Para além disso, 50% dos inquiridos europeus gostariam de ver a introdução de nova legislação - um aumento de 5% em relação ao período homólogo.
Em Portugal, a realidade é ligeiramente diferente. Quando questionados, 34% dos inquiridos afirmaram que gostariam de ver adotadas iniciativas voluntárias das empresas de forma a resolver o problema dos atrasos de pagamento, valor este significativamente inferior à média europeia (47%). O EPR demonstrou ainda que mais de metade dos inquiridos portugueses (55%) revelou ter interesse na introdução de nova legislação, percentagem esta superior à média europeia (50%).
O estudo da Intrum revela ainda um aumento na adoção da Diretiva dos Atrasos de Pagamento da União Europeia por parte das empresas europeias - 23% das empresas inquiridas afirma que a aplicam sempre. Um aumento bastante positivo, uma vez que, no período homólogo, 71% dos entrevistados afirmaram não conhecer a Diretiva em questão.
O confinamento da Europa colocou as empresas sob pressão. O impacto da recessão causada pela COVID-19 sobre as empresas reflete-se no estudo da Intrum: 26% dos inquiridos, antes da crise COVID-19, revelaram que uma recessão teria um impacto severo nos seus negócios. Mais tarde, durante a pandemia, 44% afirmou ter o mesmo receio.
De acordo com o Diretor-Geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra, “Neste cenário de mudanças, muitas empresas estão a lutar pela sobrevivência. Manter a liquidez e o cashflow, garantindo o pagamento pontual, tornou-se a sua salvação, e para algumas empresas a pandemia pode resultar no fim da sua jornada. Construir uma cultura de pagamentos sustentáveis exigirá uma mudança de comportamento. O nosso estudo constata que essa é uma mudança que já está a acontecer, com as empresas a procurar iniciativas para evitar atrasos nos pagamentos, tanto a nível nacional quanto na Europa. Na Intrum, a nossa missão é ajudar os nossos clientes a prosperar cuidando dos seus clientes, recebendo nos prazos pela venda dos seus produtos e serviços. Temos orgulho de conjugar o nosso conhecimento acumulado com as tecnologias de vanguarda, para desenvolver soluções que funcionem para todos os que estão envolvidos na concessão e no recebimento de crédito. Esta é a forma de liderarmos o caminho para uma economia sólida”.
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