Dia da Europa
37% dos portugueses já pediu emprestado mais de 10% do valor do seu rendimento
- Para pagar contas nos últimos meses 26% dos europeus já pediu dinheiro emprestado ou atingiu o limite do cartão de crédito.
Para celebrar o Dia da Europa, a Intrum procurou perceber a vida quotidiana dos consumidores europeus assim como os seus hábitos de consumo e a capacidade para gerirem as suas finanças domésticas numa base mensal.
De acordo com o estudo European Consumer Payment Report, relatório anual baseado num inquérito externo realizado simultaneamente em 24 países na Europa, totalizando mais de 24 mil participantes em toda a Europa, um quarto dos inquiridos (26%) pediu dinheiro emprestado ou atingiu o limite do cartão de crédito para pagar contas nos últimos seis meses. Uma percentagem ligeiramente inferior face a 2021 (27%), mas superior a Portugal, onde este valor se situa nos 24%. No entanto, é provável que estes números cresçam à medida que o aumento das taxas de juro e a inflação provoquem os seus efeitos.
Dos inquiridos que atualmente pedem dinheiro emprestado a cada mês, para além da sua hipoteca e cartão de crédito, 37% afirma pedir emprestado mais de 10% do valor dos seus rendimentos e 13% dos inquiridos pediu mais de 25% do valor dos seus rendimentos.
O conhecimento é valioso, mas a verdade é que um quinto dos entrevistados do estudo ECPR afirma ter menos perceção do seu endividamento de curto prazo em cartões de crédito e empréstimos, do que há 12 meses. Em Portugal, este valor sobe para os 22%.
Quando comparado com o período homólogo, o número de pessoas que perderam a perceção do que gastam aumentou em Portugal de 18,5% para 22%. O crescimento verificado demonstra a necessidade urgente de investir na educação financeira e de limitar os gastos. No entanto, 7% dos inquiridos portugueses não querem saber quanto dinheiro devem no total, valor muito abaixo da média europeia (15%). Os consumidores mais jovens são mais propensos a esta posição do que consumidores de gerações mais velhas.
Dada a atenção generalizada dos meios de comunicação sobre os aumentos das taxas de juro e a incerteza que recai sobre eles, não é de surpreender que a maioria dos consumidores esteja mais hesitante do que no passado relativamente a endividarem-se. Em Portugal, 62% dos inquiridos afirmaram que se sentiam menos confortáveis em fazê-lo, 10 pontos percentuais acima da média europeia (52%).
De acordo com Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “Enquanto muitos consumidores estão a preparar-se para os desafios financeiros, reduzindo gastos e pensando cuidadosamente antes de se endividarem, sabemos que há alguns que se sentem sobrecarregados com a escala do problema e não sabem o caminho que devem seguir. O ónus recai sobre as empresas de serviços financeiros e outros credores para garantir que os seus clientes possam aceder a apoio e aconselhamento em caso de dificuldades. Embora muitos tenham feito um grande esforço durante a pandemia, é provável que o impacto financeiro da crise atual seja ainda mais significativo.”
Para obter um exemplar do estudo siga a ligação