Vendas com pré-pagamento como medida para enfrentar a inflação
41% das empresas portuguesas usam esta medida como proteção contra os atrasos de pagamento
Estudo da Intrum revela que 41% das empresas portuguesas usam esta medida como proteção contra os atrasos de pagamento perante a inflação e 53% já está a restringir expansão dos negócios.
O European Payment Report (EPR) 2022 da Intrum, estudo realizado a mais de 11.000 empresas em 29 países revela que inflação já está a deixar marcas em Portugal e que 53% das empresas sente que está a restringir a capacidade de expansão dos seus negócios (a média europeia é 51%).
Dadas as preocupações com o impacto do aumento dos preços e com o atraso de pagamento no cash flow, as empresas estão a adotar diversas medidas preventivas. As vendas com pré-pagamento, aparecem no topo dessas medidas, usadas por 41% das empresas portuguesas (menos 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior). A média europeia é de 46%, mais 3 pontos percentuais em relação a 2021, (43%).
Melhorar a gestão de crédito é também uma prioridade para as empresas. O estudo refere que 48% das empresas em Portugal gostariam de melhorar a gestão dos atrasos de pagamento, mas assumem que têm défice de conhecimento e/ou recursos para o fazerem internamente.
Na Europa este valor sobe para os 53%. Muitas empresas ultrapassam este constrangimento através do recurso a empresas externas especializadas na recuperação de dívidas, uma opção mais frequente nas grandes organizações (31%), comparativamente às PME’s, onde apenas 17% das empresas dizem ter esta prática. Uma realidade transversal a todos os setores de atividade, com particular destaque das Utilities, pelo elevado número de clientes e o Setor Público, que em Portugal ainda não assumiu esta prática.
O estudo revela ainda que 52% das empresas portuguesas intentam ações legais contra os clientes que não pagam dívidas ou têm pagamentos em atraso, valor significativamente abaixo da média das empresas na Europa (57%).
A pandemia COVID-19 continua a impactar a vida das empresas, mas a inflação, que já atingiu valores máximos das últimas décadas, tornou-se o grande obstáculo ao crescimento dos negócios em 2022.
Sendo o crescimento a principal prioridade das empresas portuguesas, Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, afirma que “dado o contexto em que vivemos, as empresas têm de adotar medidas de combate à inflação. Na Intrum, diariamente, procuramos soluções para os nossos clientes que terão de enfrentar um período conturbado e de incerteza”.
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