Especial Natal: Portugueses compram menos presentes mas apoiam comércio local
Impacto social da pandemia faz consumidores refletirem sobre os seus gastos
- Preocupação com sustentabilidade coloca Portugal no TOP dos países europeus “mais verdes”
A Intrum lançou o seu mais recente estudo ECPR - European Consumer Payment Report 2020 realizado em plena pandemia, entre agosto e outubro de 2020, e revela o comportamento dos consumidores europeus para este Natal.
O ECPR 2020 conclui que Portugal ocupa o primeiro lugar no top de países europeus que estão mais sensibilizados para a sustentabilidade. Dos inquiridos, 72% afirma não gostar do desperdício gerado pelos presentes de Natal e, este ano, irá comprar menos presentes em comparação com anos anteriores. Uma percentagem mais elevada do que a média europeia (47%), e bem mais do que Espanha, que se encontra em 15º lugar com uma percentagem de 45%.
A crise COVID-19 aumentou também a consciência e espírito de solidariedade dos portugueses e 76% afirma pretender apoiar empresas e o comércio local nesta época natalícia. Um valor substancialmente superior à média europeia, que se situa nos 59%.
Alterações climáticas, compras sustentáveis e comportamento ecológico são temas que preocupam, cada vez mais, os consumidores. Em 2020 vemos um aumento do número de inquiridos a limitar as suas despesas devido à sua preocupação com a sustentabilidade, em particular entre os consumidores mais jovens e as mulheres. A nível europeu, metade dos inquiridos afirma comprar menos presentes de Natal para reduzir a sua pegada de resíduos pessoais.
Para Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “o impacto social da crise está a dar aos consumidores uma pausa para reflexão. A maioria demonstra um interesse crescente pelo tema da sustentabilidade e isso reflete-se numa preocupação pela limitação dos gastos, que aumentou em todos os grupos etários, comparativamente com 2019.”
O estudo da Intrum demonstra que o grupo dos 55 aos 64 anos é quem tem demonstrado uma maior consciencialização no que diz respeito a limitar os seus gastos, passando de uma percentagem de 59% em 2019, para 72% este ano. No que diz respeito ao género, as mulheres portuguesas estão ligeiramente mais sensíveis a este tema do que os homens.
De acordo com o estudo da Intrum, em Portugal, 44% dos inquiridos afirma também que as redes sociais continuam a desempenhar um papel importante na sensibilização dos consumidores relativamente a gastos mais sustentáveis, valor este superior à média europeia (35%).
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