Intrum “Pulse Report” revela Desafios Financeiros e Impacto na Saúde Mental dos Consumidores Europeus
Portugal penúltimo no ranking europeu de resistência ao stress financeiro
A Intrum, líder global em serviços de gestão de crédito, anuncia os resultados do seu “Pulse Report: ECPR 2024”, um estudo realizado em janeiro de 2024, que indica os desafios financeiros enfrentados pelos consumidores europeus e o subsequente impacto na saúde mental. De acordo com o estudo da Comissão Europeia sobre Saúde Mental, 46% dos europeus teve problemas emocionais ou psicossociais nos últimos 12 meses. Em Portugal, essa percentagem foi de 57%.
O estudo da Intrum destaca que as despesas essenciais representam 56% do rendimento médio mensal na Europa, desafiando a regra tradicional de 50%-30%-20% (respetivamente para despesas essenciais, despesas discricionárias e poupança). Para alguns subgrupos, as dificuldades são ainda mais acentuadas e as disparidades entre os sexos são evidentes: em média, as mulheres afirmam que 59% do seu rendimento é consagrado a despesas essenciais todos os meses. Para os homens, essa média é de 54%.
De acordo com Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “a Economia europeia está há anos presa num ciclo de incerteza. A inflação elevada abrandou na maioria dos países, mas os custos dos empréstimos continuam elevados e as perspetivas para o próximo ano são duvidosas. As incertezas geopolíticas aumentam o mal-estar e consequentemente, os consumidores não sabem o que esperar, embora muitos prevejam que a crise do custo de vida ainda vai durar mais tempo”.
O “Pulse Report” de janeiro de 2024 indica que a maioria dos consumidores europeus enfrenta preocupações financeiras persistentes, contribuindo para níveis significativos de stress. Após anos de dificuldades financeiras, surge este alerta sobre o perigo real de desenvolvimento de problemas de saúde mental entre os consumidores. A par da preocupação com a saúde mental, o “Pulse Report” deste ano enfatiza que os desafios financeiros também estão a afetar significativamente as esferas pessoais e relacionamentos.
Mais de 30% dos portugueses responderam que os problemas financeiros estão a ter um impacto negativo nas suas relações com os seus familiares e amigos. E apenas 27% dos inquiridos em Portugal considera que poderia mudar para um emprego mais bem remunerado, a fim de aliviar as suas preocupações financeiras. Situação que dá origem a um sentimento de impotência, que pode aumentar o stress.
De acordo com o “Pulse Report”, perto de três quartos dos consumidores europeus estão confiantes quanto à sua capacidade para pagar as contas todos os meses. Em Portugal, os dados revelam uma confiança mais moderada, com 68% dos consumidores a expressarem confiança no pagamento das suas contas mensais.
Contudo, a classificação de Portugal na avaliação de resistência ao stress financeiro (apenas 38%) fica abaixo da média europeia (46%), com os consumidores portugueses a confessarem ter de sacrificar alguns dos gastos discricionários, como os ginásios, aplicações, plataformas de streaming e outros, para poderem enfrentar os compromissos financeiros. Na média europeia, estes cortes de despesas com produtos e serviços "agradáveis de ter" foram de 25%, mas mais de metade dos consumidores (55%) assume estar a tentar reduzir os gastos em bens não essenciais. Em Portugal, a percentagem é substancialmente superior (73%) em comparação com a média europeia.
Para além disso, e de acordo com a Intrum, entre os consumidores portugueses, mais de metade (62%) afirma gastar o seu dinheiro em despesas essenciais, que são inevitáveis (Ex: renda, contas da eletricidade e água…).
Com apenas 38% de resistência, Portugal ocupa o penúltimo lugar no ranking europeu de consumidores relativamente ao impacto que os problemas financeiros têm na sua saúde mental, com a Grécia a liderar, com apenas 29%. Consumidores dos Países Baixos (59%), Dinamarca (57%), Suíça (57%) e Espanha (55%) revelaram maiores índices de confiança na sua gestão do stress financeiro no TOP 20 de países que participaram no estudo. Menos de metade dos consumidores europeus (46%) descrevem a sua vida financeira como livre de stress.
De modo geral, há cada vez mais provas de que a situação financeira precária de muitos europeus está a provocar um sentimento de alienação. Quase metade (46%) acredita que, ao longo da sua vida, estará pior financeiramente do que os seus pais.
Em Portugal esta pressão financeira está a levar os consumidores a adotarem estratégias alternativas, como por exemplo, procurar fontes adicionais de rendimento (46%), como segundo emprego, para fazer face às suas despesas essenciais.
A Intrum sublinha a sua preocupação com os desafios financeiros enfrentados pelos consumidores europeus, destacando a necessidade urgente de atenção à saúde mental e a implementação de medidas práticas para melhorar a gestão financeira.
Para obter um exemplar do estudo siga a ligação.