Estas são as precauções que as empresas europeias tomam contra os atrasos de pagamentos
Pré-pagamento e controlo de crédito estão no topo da lista, mas algumas empresas não tomam nenhuma medida preventiva
Os pagamentos em atraso são uma realidade para todas as empresas, mas podem ter um efeito grave nas pequenas e médias empresas (PMEs), prejudicando a sua capacidade de pagar aos funcionários e fornecedores, cobrir custos operacionais e procurar oportunidades de crescimento.
O European Payment Report 2019 da Intrum constata que muitas empresas, grandes e pequenas, usam o controlo de crédito para rastrear clientes com alto risco de incumprimento, ou o pré-pagamento de bens ou serviços ou uma agência de cobrança de dívidas.
Porém, 31% das empresas europeias dizem não tomar nenhuma das medidas preventivas padrão para proteger os seus negócios. Em Portugal, o número de empresas que dizem não tomam medidas preventivas tem vindo a reduzir, situando-se em 2019 nos 13%, muito abaixo da média europeia.
O pagamento antecipado ainda é muito comum, especialmente nos países do leste.
Em toda a Europa, o pré-pagamento ainda é a medida mais comum para as empresas se protegerem. Em média, cerca de duas em cada cinco (39%) empresas europeias afirmam usar o pagamento antecipado contra os pagamentos em atraso.
No entanto, existem claras diferenças regionais:
- Na Europa Oriental, o pré-pagamento situa-se nos 52% (em média), o valor mais alto de todas as regiões europeias. Em países como a Sérvia (65%), Roménia (58%) e Polónia (57%), pagar antecipadamente parece ser uma prática comercial comum.
- No sul da Europa, o pagamento antecipado é em média de 30% e em Espanha apenas 19% das empresas fazem negócios dessa maneira. Em Portugal 47% das empresas revelam que é uma prática comum e a utilizam como medida preventiva. Nesta análise a Grécia destaca-se e mais de três em cinco (64%) das empresas gregas usam o pré-pagamento como proteção contra o incumprimento.
- 40% das empresas na Europa Central e no Norte da Europa usam o pré-pagamento, embora em ambos os casos os números variem amplamente.
- Na Europa Central, o intervalo varia entre 30% na Hungria e 55% na Suíça.
- No norte da Europa, apenas 35% usam pré-pagamentos - Áustria, Finlândia e Suécia, mas 49% das empresas norueguesas fazem-no.
Em geral, 39% das PME europeias usam o pré-pagamento como precaução contra os atrasos de pagamentos. Nas empresas maiores ( mais de 250 funcionários), 45% optam por esta alternativa. No entanto, há uma tendência de queda nos últimos três anos: em 2016 era de 50%.
Cobrança de dívidas e controlo de crédito - divisões regionais.
Também existe uma divisão regional no uso de serviços de cobrança de dívidas e, no caso da Europa Oriental, no que se refere à prática do controlo de crédito. Um terço das empresas (33%) no Norte da Europa afirma usar serviços de cobrança de dívidas como medida de precaução, mas no leste e sul da Europa menos de um quarto (23%) o faz.
Analisando por país, apenas 1% das empresas na Bósnia-Herzegovina utiliza serviços de cobranças de dívidas. O Factoring (venda da dívida a terceiros) é muito mais comum (44%).
Na Europa, as maiores empresas recorrem significativamente mais a serviços de cobrança de dívidas (42%) do que a média das PME (24%).
O controlo de crédito de potenciais clientes pode minimizar o risco de incumprimento. Aproximadamente uma em cada três (29%) das empresas europeias usa esta medida para avaliar os riscos, evitando assim a possibilidade de conceder crédito a clientes com maior probabilidade de incumprimento.
Outras medidas, ou nenhuma das opções mencionadas.
Seguro de crédito, garantias bancárias e factoring são outras opções que as empresas usam para proteger seus os negócios, embora sejam menos populares na Europa do que o pré-pagamento ou o controlo de crédito, e as empresas os tenham vindo a usar cada vez menos nos últimos anos.
A Intrum também constata que 31% das empresas europeias não adoptam nenhuma das medidas acima mencionadas contra pagamentos em atraso ou não pagamento. Até 58% das empresas húngaras, 50% das empresas estonianas e 47% das empresas do Reino Unido não tomam medidas preventivas; Áustria (40%), Letónia (47%), Lituânia (43%) e Suécia (34%) provam que esse problema é transversal, não é específico para uma região. Em Portugal a situação é substancialmente distinta, apenas 13% das empresas afirmam não aplicar nenhuma das medidas referidas.
Para aqueles que tentam manter os seus negócios e até mesmo crescer, pode ser muito difícil lidar com a questão dos pagamentos em atraso de uma maneira incisiva, junto dos seus clientes. No entanto, ajuda e aconselhamento estão disponíveis.
Ajuda e conselhos estão disponíveis.
Um negócio de sucesso depende de um fluxo de caixa previsível e de um bom relacionamento com o cliente. Quando seus clientes não pagam a tempo, a Intrum pode cobrar a dívida, minimizando o impacto no relacionamento com o cliente. Servimos cerca de 80.000 empresas, nossas clientes, para crescer cuidando dos seus clientes. Leia mais sobre nossas soluções de negócios aqui.
Saber mais
Todos os resultados estão publicados no Relatório Europeu de Pagamentos (EPR) 2019 da Intrum. O relatório é baseado numa pesquisa com 11.856 empresas em 29 países europeus.
Para conhecer em detalhe o que reportam as empresas portuguesas, veja aqui o Relatório de Pagamentos de Portugal.